BONITO
Bonito, cuja
denominação vem do nome de uma das fazendas que existia na região, está localizada na Serra da Bodoquena, a 278 km (3:30 h de estrada) de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
A parte urbana dessa cidade
de aproximadamente 16.000 habitantes pouco tem a oferecer. Suas 34 atrações,
catalogadas pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), estão na zona rural,
todas a pelo menos 10 km de estrada com trechos de terra. Apenas duas delas estão em áreas públicas: a Gruta do Lago Azul, pertencente ao Governo Federal, e o Balneário Municipal. Todas as demais localizam-se em propriedades
particulares.
Buscando
preservar o patrimônio natural, os responsáveis pelo turismo em Bonito estabeleceram sistemas de controle. Os passeios são sempre acompanhados por guias locais, o número de visitantes é restrito e os preços são tabelados. Reserva antecipada é
fundamental.
GRUTA DO LAGO AZUL
Tombada pelo
Patrimônio da União em 1978, a gruta é um passeio imperdível. Dura 2 horas e não se pode por nem o dedo na água. Também não se pode encostar nas paredes, nem falar alto. Permite se apenas 15 visitantes de cada vez e não é permitida a entrada de crianças
com menos de 5 anos.
Esse rigor
todo visa proteger esse local que fica a cerca de 20 km do centro da cidade.
Pode-se visitá-la é o ano todo, mas a melhor época é entre dezembro e janeiro, quando a luz
do Sol penetrando na Gruta, de manhãzinha, realça o azul das águas. As
água não são, na verdade, azuis. É apenas uma ilusão de ótica pois as águas são extremamente
transparentes.
Devido a
imensa quantidade de calcário no solo, as águas dos rios da região passam por uma verdadeira filtragem natural, onde as impurezas
depositam-se no fundo dos leitos e o resultado é a absoluta transparência de suas águas.
Para se chegar
ao lago, são 320 degraus de descida ou 100 metros aproximadamente. No fundo do Lago Azul, contam os guias, estão os fósseis
de um bicho-preguiça gigante e de um tigre, um ao lado do outro, a indicar que caíram juntos durante uma luta em tempos remotos.
Outros dizem que não se sabe ao certo sua profundidade.
PASSEIOS PELOS
RIOS
Duas modalidades
são apresentadas aos turistas. Pode-se escolher entre a flutuação ou o rafting. Na
primeira, munidos de snorkel, colete e máscara, flutua-se ao sabor da correnteza
rio abaixo, com a constante presença de peixes. É proibido bater as mãos e/ou os pés para não levantar resíduos do fundo e
assim turvar a água. A transparência de quase 100 % é assim garantida. É como nadar num aquário. Esses passeios são para grupos de no máximo 9 pessoas. O retorno
é a pé, pela mata. Outra opção é o rafting pelo Rio Mimoso, uma descida de aproximadamente 6 km em botes de borracha, ultrapassando
3 cachoeiras e 2 corredeiras.